segunda-feira, 9 de março de 2015

O que fazer da minha vida?

Essa é uma pergunta difícil.

Me sinto completamente perdido.

Tenho meus filhos, mas a família foi desfeita. Uma tremenda tristeza. O pior é saber que as crianças também sofrem com a situação. Eles não sofrem tanto quanto eu, é claro, mas sofrem a sua maneira. Eu estou, no mínimo, deprimido.

A depressão é algo terrível. Te joga no fundo de um abismo e não se consegue ver a luz; cria desespero, falta de vontade de viver, desorientação, entre outros problemas. O divórcio só piora tudo.

Meu maior desejo agora é ir para bem longe; queria poder ir embora pra outro país e morar definitivamente fora do Brasil. Nunca em minha vida me senti bem nesse país. Sou brasileiro nato, mas nunca me senti parte da nação. Nunca senti que o país se importasse comigo. Nuca vi qualquer esforço da nação pelo povo do qual sou parte. Acho que sempre existiu dois, três ou mais países dentro do Brasil: um Brasil de pessoas pobres e carentes, sem condições ideais de educação saúde e segurança; um Brasil de pessoas com mais recursos, com melhor acesso a educação, saúde e segurança mas somente porque podiam pagar por isso; e finalmente um Brasil dos ricos onde há uma justiça própria, um governo próprio, uma vida própria. Eu sempre fui do primeiro Brasil, o dos pobres; sempre me senti sem recursos; sempre vi alguns conhecidos em escolas particulares com um conhecimento muito acima do meu. Alguns dirão que isso é inveja; talvez seja; mas, quem não teria inveja? Quem não gostaria de ter os mesmos recursos, o mesmo acesso ao conhecimento, aos mesmo hospitais, ao mesmo ambiente livre ou quase livre de crimes? Eu não acho que seja inveja, mas sim desejo. Até uma criança pode perceber a enorme diferença que existiam e ainda existe entre os grupos, entre esses diferentes "países". Mas, só estou divagando.

Não consigo ver luz. Me deparo com uma desesperança tão profunda que me sinto uma casca, vazio por dentro. Assim como a maioria da população que usa transporte público.

Quem já reparou nas pessoas ao utilizar o transporte público? Quem já observou nosso povo, nossos concidadãos dentro de trens ou ônibus? Posso dizer que, na maioria das vezes, percebe-se pessoas sofridas com um olhar distante, como se não fosse possível enxergar o futuro. É assim que me sinto: não consigo ver o futuro; não consigo ver a vida melhorando.




O transtorno depressivo também chamado de perturbação depressiva em Portugal, é um transtorno psiquiátrico que afeta pessoas de todas as idades. Caracteriza-se pela perda de prazer nas atividades diárias (anedonia), apatia, alterações cognitivas (diminuição da capacidade de raciocinar adequadamente, de se concentrar ou/e de tomar decisões), psicomotoras (lentidão, fadiga e sensação de fraqueza), alterações do sono (mais frequentemente insônia, podendo ocorrer também hipersonolência), alterações do apetite (mais comumente perda do apetite, podendo ocorrer também aumento do apetite), redução do interesse sexual, retraimento social, ideação suicida e prejuízo funcional significativo (como faltar muito ao trabalho ou piorar o desempenho escolar).12 O transtorno depressivo maior diferencia-se do humor "triste", que afeta a maioria das pessoas regularmente, por se tratar de uma condição duradoura (a maior parte do dia, quase todos os dias, pelo menos 2 semanas), de maior intensidade ou mesmo por uma tristeza de qualidade diferente da tristeza habitual, acompanhada de vários sintomas específicos e que trazem prejuízo à vida da pessoa. A distimia é um outro tipo de transtorno depressivo caracterizado por sintomas de menor intensidade, mas com caráter bastante crônico (a maior parte do dia, quase todos os dias, pelo menos 2 anos). Ou seja, depressão não é tristeza. É uma doença que precisa de tratamento.3



[||]

Nenhum comentário:

Postar um comentário